terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Pezão anuncia instalação de 'mini-UPP' como primeiro ato do novo governo

Em entrevista o governador admitiu aumento acima da inflação das passagens de ônibus intermunicipais

Fernando Molica
Rio - O primeiro ato de Luiz Fernando Pezão em seu novo mandato será participar, sexta-feira, da inauguração de uma unidade da PM no Morro do Banco, no Itanhangá, que será ocupado no mesmo dia. Depois de perder cinco de seus antigos 128 quilos, o governador vai apertar o cinto do governo.
Em entrevista ao Informe, anuncia cortes de despesas e revisões de contratos, medidas que poderão causar demissões de terceirizados. Ele admite aumento acima da inflação das passagens de ônibus intermunicipais.
Qual será seu primeiro ato no novo governo?
No dia 2, a PM fará a ocupação do Morro do Banco e eu participarei da instalação de uma companhia avançada por lá. É um modelo novo, criado pelo coronel Pinheiro Neto (futuro comandante da corporação). Um conceito semelhante ao da UPP, mas adaptado para comunidades menores.
Como o sr. pretende resolver o problema da falta de recursos? O estado tem deixado de fazer alguns pagamentos.
Vou cortar tudo. Haverá renegociação de contratos em toda administração, inclusive em saúde, segurança e educação, áreas que serão preservadas de cortes. Nas outras secretarias, determinarei a diminuição de entre 25% a 30% de despesas de custeio, como telefones e aluguel de carros.
Esses cortes poderão causar demissões de terceirizados? Afetará investimentos, como as obras do metrô?
Eventuais demissões dependerão de cada secretaria. Mas nenhuma obra será afetada, o financiamento para esses investimentos está assegurado, não há qualquer risco.
O que fez a situação ficar tão grave?
A queda do preço do petróleo diminuiu muito os royalties. E só vamos receber amanhã (hoje) a décima segunda parcela desse repasse, que costuma sair na segunda quinzena do mês, algo em torno de R$ 280 milhões. Já os municípios deverão perder 30% da arrecadação de royalties. Houve também queda no ICMS causada pela diminuição no comércio e pelos problemas na Petrobras, que deixou de pagar seus fornecedores. A cadeia do petróleo responde por entre 22% e 25% de nosso ICMS.
O reajuste das passagens de ônibus intermunicipais será maior que a inflação, de 6,56%?
É possível. Existe uma defasagem porque num ano não houve aumento.
O Dia

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