sexta-feira, 23 de maio de 2014

Copa no Brasil baterá todos os recordes financeiros

Fifa deve lucrar mais de 8 bi de reais, mas avisa que também gastou mais que o esperado. Custo com estádios superou o das duas últimas edições do Mundial

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, com o troféu da Copa do Mundo, em dezembro de 2010, na sede da federação, na Suíça
Joseph Blatter comemorou os valores de venda de direitos de transmissão e a grande procura por ingressos (Laurence Griffiths/Getty Images)
Dentre as marcas negativas, destaca-se o alto custo dos estádios. Ao todo, foram gastos 8,5 bilhões de reais na construção das doze arenas do Mundial, três vezes o valor que a CBF havia indicado para a Fifa em 2007.
Dados oficiais da Fifa apontam que, ao menos no que diz respeito a marketing e faturamento, o Mundial que começa no dia 12 de junho, em São Paulo, baterá todos os recordes da história do futebol. Será a Copa do Mundo mais cara, a mais lucrativa para a Fifa, a que distribuirá maiores prêmios, a que deve ser vista por um número inédito de pessoas, a que mais teve ingressos pedidos e a que terá em campo os craques mais caros da história do futebol. Das seleções aos clubes, dos atletas aos cartolas, todos sairão do Brasil com um volume de dinheiro inédito nos bolsos.
A renda da Fifa ultrapassará a marca de 4 bilhões de dólares, mais de 800 milhões de dólares acima do que a entidade obteve na África do Sul em 2010. Mas a Fifa insiste que nunca gastou tanto com um evento quanto a Copa no Brasil. No total, o investimento da Fifa teria chegado perto de 2 bilhões de dólares. Para ter o direito de transmitir a Copa, redes de televisão pagaram um valor recorde para a Fifa: cerca de 1,7 bilhão de dólares. A expectativa é de que a audiência seja recorde. Na final da Copa em 2010, 530 milhões de pessoas assistiram a Espanha levantar o troféu. Desta vez, os números devem bater essa marca. No Brasil, mais de 14.000 jornalistas foram credenciados para o evento, outro recorde.
Na final de 2010, cerca de 530 milhões de pessoas assistiram à vitória da Espanha sobre a Holanda. Desta vez, a expectativa é que a decisão no Maracanã, marcada para 13 de julho, supere esta marca. Outro recorde é o número de pedidos de ingressos. No total, mais de 11 milhões de pessoas enviaram seus pedidos para os três milhões de ingressos disponíveis. De acordo com os dados oficiais, só para a final, a Fifa poderia ter preenchido cinco Maracanãs com os pedidos que recebeu. A premiação para a seleção campeã será de 35 milhões de dólares (cerca de 77,4 milhões de reais), o maior já pago pela entidade. Outros 323 milhões de dólares (714,6 milhões de reais) serão distribuídos para as 31 seleções restantes.
Dentre as marcas negativas, destaca-se o alto custo dos estádios. Ao todo, foram gastos 8,5 bilhões de reais na construção das doze arenas do Mundial, três vezes o valor que a CBF havia indicado para a Fifa em 2007. O valor é o equivalente ao que Alemanha e África do Sul gastaram, juntas, com estádios nas duas últimas Copas.
Marcas - Parceira da Fifa desde 1970, a Adidas também irá faturar alto com este Mundial. A empresa alemã prevê um aumento de 8% em sua receita de 2014, o que significaria um ganho de 1,6 bilhão de dólares. Os seis principais parceiros da Fifa pagaram mais de 700 milhões de dólares à entidade para ter o direito de explorar a marca da Copa e ter seus cartazes expostos nos gramados brasileiros.

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