A Prefeitura do Rio anunciou um investimento de R$ 7,3 milhões para obras em 10 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), mas muitas unidades estão longe das condições ideais para o trabalho dos Policiais Militares.
Das 37 UPPs já instaladas, nove ainda funcionam de forma provisória, em contêineres. Outras quatro estão montadas em estruturas modulares,11 ficam em unidades semelhantes às Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e apenas 13 UPPs possuem sedes de alvenaria.
Seis delas ficam na Zona Norte: São Carlos, no Estácio, Turano, na Tijuca, e 4 no Complexo da Penha – uma no Parque Proletário, duas na Chatuba e uma no Morro da Fé e Sereno. Três, na Zona Sul: duas no Santa Marta e 1 no Chapéu Mangueira/Babilônia. A décima é a do Morro dos Prazeres.
De acordo com o prefeito Eduardo Paesx, a prefeitura não é responsável pela polícia. “A polícia é do estado. A prefeitura busca ajudar no trabalho da UPP porque ela é importante pra cidade”.
Segundos PMs, na UPP do Morro dos Prazeres, nem todos os aparelhos de ar-condicionado funcionam. Um único contêiner é usado como alojamento, refeitório, espaço de planejamento de ações, além de ficar a poucos metros da área de despejo de lixo dos moradores.
Na UPP, que atende as comunidades dos Prazeres e do Escondidinho os policiais tem um temor. Eles dizem que a sede está numa área de risco de deslizamento.
Pelo acordo anunciado neste domingo (13), a UPP dos Prazeres vai ocupar agora uma área de 140 mil metros, além de ganhar banheiro, cozinha, sala de comando e área administrativa. A obra terá um custo de R$ 399 mil
Durante três anos, a empresa OGX desembolsou R$60 milhões para ajudar o projeto. Com o rompimento do convênio com o estado, em meados de 2013, o coordenador geral das Upps disse que surgiram dificuldades.
Na Comunidade Chácara do Céu, na Zona Sul da cidade, a UPP foi inaugurada em setembro de 2012 e a base está em condições. Com o chão e as cadeiras quebradas, os policiais dizem que são obrigados a sentar em caixotes.
Os PMs contaram que a geladeira foi comprada com o próprio dinheiro. O plantão dos policiais dessa comunidade dura 48 horas, porque a tropa é do interior do estado. Eles relatam que, muitas vezes, falta água e que passam dois dias sem banho.
A UPP da Chácara do Céu não está nesta primeira lista das unidades que serão construídas ou reformadas.
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