sábado, 12 de abril de 2014

Arco Metropolitano deve ser concluído até o final de maio

Foto: Jornal Capital Caxias_ Marcelo CunhaA Comissão de Obras da Assembléia Legislativa vistoriou no último dia 1º as obras do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, que ligará os municípios de Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé, Nova Iguaçu e Seropédica. A Comissão é presidida pelo deputado estadual Dica (PSD), que percorreu os 14,5 quilômetros das obras, que integram o lote 1, de responsabilidade da Odebrecht. Segundo o Subsecretário de Obras do Estado José Antonio Portela, que integrava a comitiva, a previsão é que a conclusão das mesmas ocorram até o final de maio. Após sua inauguração, estima-se que 40 mil veículos passem por ela diariamente. O valor inicial da obra, anunciado em 2007, era de R$ 536 milhões. A reportagem do Capital acompanhou a vistoria, que durou cerca de duas horas.
 - Temos motivos para ficarmos felizes ao constatamos que o governo federal e o governo do Estado estão cumprido a sua parte. Houve atraso, obviamente, mas o importante é que a obra está sendo finalizada, como podemos ver. Entendemos que com as especulações imobiliárias e algumas adversidades encontradas, a obra foi relativamente bem encaminhada. Eu, como presidente da Comissão de Obras da Assembléia Legislativa, representando esse poder, faço isso de maneira inédita, apresentando à população do nosso estado os resultados dessa grandiosa obra para o Estado do Rio, que é o Arco Metropolitano - disse Dica. E acrescentou: “Tínhamos informações desencontradas que davam conta do atraso das obras. Por isso, decidimos ver in loco, exercendo o nosso poder de fiscalização. Fico feliz, ao chegar aqui e ver que há um adiantado das obras e confirmar a previsão de entrega para o final de maio. Acredito, pelo que vi e pelas informações que recebi, que ela será concluída e entregue à população nesse prazo”.
O subsecretário de Obras do Estado, José Antonio Portela, confirma a previsão. “A obra está dentro do cronograma e a data prevista para entrega é 30 de maio, portanto, ainda nesse semestre. Sua execução está sendo feita da maneira correta, afinal trata-se da principal obra no Rio de Janeiro dos últimos 30 ou 40 anos”. Portela destacou a atuação da Comissão de Obras da Alerj: “Nossa Secretaria tem o apoio da Comissão, o governo sempre teve e tem o apoio da Alerj, seja aprovando os projetos e gerando os recursos necessários, acompanhando as obras e nos ajudando na execução das obras e nos apoiando da melhor maneira e transparência. Tudo contribuindo para o bom andamento e desenvolvimento do nosso Estado e melhores condições de vida para a população”.
Obras são executadas por quatro consórcios
Foto: Jornal Capital Caxias_Marcelo CunhaO Arco Metropolitano do Rio de Janeiro é considerada uma das obras de infraestrutura mais importantes do Estado, totalizando 145 quilômetros. Sua construção irá reduzir os custos de transporte de mercadorias entre o Porto de Itaguaí e sete estados, com percentuais que variam de 2,5% a 20%, segundo estudo da Firjan. O impacto da obra na economia brasileira, segundo a entidade, é de R$ 1,8 bilhão, com 64,1% desse total concentrados no setor de construção civil, gerando 4.949 empregos na fase de obras e 16 mil no longo prazo.
            Entre os principais objetivos está a interligação as diversas vias expressas de entrada e saída do Rio de Janeiro facilitando o fluxo do trânsito normal e também em caso de problemas em alguma das vias. Outro é evitar a entrada desnecessária de veículos que estejam somente de passagem pelo Rio de Janeiro, diminuindo assim os engarrafamentos na Ponte Rio-Niterói e Via Dutra, entre outras vias. Sob o aspecto econômico, fornecerá acesso expresso ao Porto de Itaguaí e ao futuro polo petroquímico na cidade de Itaboraí, ajudando no desenvolvimento das áreas da Região Metropolitana que hoje são inexpressivas economicamente.
Sua principal intercessão é em Duque de Caxias, onde a rodovia se conecta com a Rio Petrópolis (BR-040), a Rio Teresópolis e a Rio Magé. A construção desse trecho faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os investimentos são de cerca de R$ 215 milhões. Os trechos restantes são dos consórcios Queiróz Galvão, OAS-Camargo Corrêa e OAS.
O projeto foi concebido ainda na década de 70 e sua construção foi iniciada em junho de 2008. Ele foi dividido em duas etapas, com o primeiro trecho totalizando 71,5 quilômetros, ligando as rodovias Washington Luís à Rio-Santos. Sua execução é em cooperação entre o Governo do Estado do Rio de Janeiro e o DNIT. A estrada deveria ter ficado pronta em setembro de 2010, porém até 2011, foram executados apenas 35% do primeiro trecho. Isso porque em 2009, foram encontrados 22 sítios arqueológicos, número que aumentou para 62 em 2012, que levou ao atraso das obras, pois todos os sítios necessitavam ser catalogados e os materiais encontrados precisavam ser preservados. Apenas um sítio foi mantido e os demais tiveram seu material removido para museus. O projeto prevê a duplicação, pelo governo federal, da BR-493 (Magé-Manilha), com previsão de entrega somente em 2016. Há também um projeto de extensão do Arco até Maricá, abrangendo trechos das RJ-106 e 114 e da BR-1017.

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