terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Após greve em hospitais no Rio: Defensoria entra com ações contra União

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Após o anúncio de greve em 8 hospitais e institutos federais no Rio, a Defensoria Pública da União informou que vai entrar com duas ações por causa das enormes filas de espera para cirurgias e pela falta de profissionais nessas unidades.Os profissionais dessas unidades protestam contra o ponto eletrônico e a implantação da jornada de trabalho de 40 horas, em vez de 30, como ocorre desde os anos 80. O servidores também são contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
Segundo o defensor Daniel Macedo, a defensoria vai entrar com duas ações.”É bom lembrar que existe um passivo de 12,5 mil pacientes que estão aguardando em filas de espera há cerca de 10 anos para a realização de cirurgias. Nessa primeira ação será por dano moral coletivo, onde a União será demandada, o pedido será no valor de R$ 2 bilhões e 500 milhões. A outra ação diz respeito aos concursos públicos, a união não vem realizando concursos públicos periódicos e temos hoje um déficit de 1,2 mil médicos na rede federal”, explica.
Sobre a greve, ainda segundo Daniel, a defensoria vai chamar os sindicatos responsáveis, para se certificar que não aconteça interrupção dos serviços especiais.
A paralisação completou 24 horas nesta terça-feira (4). Continuam recebendo atendimento pacientes já internados e casos mais graves de emergência. As consultas e cirurgias estão suspensas.
O Ministério da Saúde informou que respeita o direito de greve, mas exigirá que os serviços essenciais à população, como os atendimentos para doentes de câncer, hemodiálise e diálise sejam mantidos.
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Condições precárias
No Hospital do Andaraí, na Zona Norte do Rio, uma das unidades em greve. Pacientes foram encontrados dormindo em macas, no corredor, perto um cesto de roupa suja. Em algumas áreas, o teto não tem cobertura e há vários sinais de infiltração. O hospital é uma das unidades em greve.
Em dezembro, a série de reportagens “Esperando por Saúde” mostrou os problemas nos hospitais federais do Rio. Cerca de 12,5 mil pessoas esperavam atendimento por cirurgia nesses hospitais. Os números são um levantamento feito pela Defensoria Pública da União, que também detectou.

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