sábado, 4 de janeiro de 2014

Ventania causa estragos e deixa feridos em Corrêas

Moradores da região de Corrêas se assustaram no fim da tarde de ontem por causa da chuva e vento que derrubaram árvores em várias ruas e destelharam casas no Bairro da Glória. Cerca de 20 árvores caíram na área externa do Hospital Alcides Carneiro (HAC), próximos às vias de acesso ao prédio principal e ambulatório, sendo o caso mais grave uma árvore arrancada do chão com raiz e lançada sobre o prédio do Instituto Médico Legal (IML), ferindo duas pessoas e destruindo totalmente três carros que estavam estacionados na frente do Instituto.
O motorista Francisco Assis Pereira da Silva, foi atingido por um galho da árvore na cabeça, quando tentava se proteger dos galhos arrancados pela força do vento. Ele e outros motoristas que estavam no alojamento quando escutaram o barulho dos galhos tentaram sair do prédio, mas, devido ao vento que jogava os galhos contra a porta, retornaram para o corredor na busca de outra saída. “Foi assustador, pois o vento e a chuva eram muito fortes”, contou Francisco.
O secretário municipal de Saúde, André Pombo, esteve no Hospital acompanhou a limpeza do local e tomou as medidas para que o Alcides Carneiro pudesse funcionar normalmente. Por causa da queda de várias árvores, o hospital estava sem energia elétrica e sem telefone, funcionando apenas com o gerador. “O gerador suporta bem, mais o importante é que a energia e o telefone voltem a funcionar o mais rápido”, comentou o secretário, surpreso também com a queda das árvores e informando que Ana Eloisa Mazza, 44 anos, atingida por galhos quando tentava se proteger, sofreu apenas escoriações leves e foi atendida na emergência do Hospital.
Moradores da Rua Marechal Mauricio José Carlos, próximo ao Terminal de Corrêas, também se assustaram com a queda de uma árvore que destruiu três postes, um deles com transformador. Filicio Bustamante estava chegando em casa, quando escutou o barulho ao deixar o carona garagem do prédio onde mora. “Fui para rua e liguei para Ampla, informando sobre o que havia acontecido. Para minha surpresa a atendendo disse que não podia fazer nada se não tivesse o número do cliente”, contou, mostrando sua indignação coma burocracia da empresa em atender um pedido de socorro.
No Bairro da Glória várias casas ficaram destelhadas e algumas árvores tiveram que ser cortadas para evitar que caíssem. Fernando Lacerda contou que o vento e a chuva foram de apenas três minutos, “o suficiente para causar o estrago”, contou afirmando que nunca tinha visto algo semelhante. Adilsséia Lacerda Silva afirmou que foi um redemoinho e contou que “três pessoas que estavam na rua, ficaram no meio e não sabiam para onde para se proteger”.
Lauter Alagrino dos Santos, 38 anos, espera ajuda da Prefeitura, pois perdeu todos os eletrodomésticos que tinha com as telhas que foram arrancadas do telhado da sua casa. Ele contou que estava tomando banho, quando ouviu o barulho do vento e as telhas caindo em cima dele.
A Comdep fez a limpeza e a retirada das árvores e dos galhos que atingiram o pátio da unidade. Os trabalhos devem continuar hoje. A Secretaria de Defesa Civil foi prontamente aos locais atingidos e acionou o Plano de Contingência de Petrópolis, comunicando as concessionárias Ampla e OITelemar, a Comdep e o Corpo de Bombeiros. Ao todo, foram oito ocorrências, prontamente atendidas. Não houve registros graves e nenhum imóvel precisou ser interditado.
No inicio da noite, depois de forte vento, toda cidade ficou sem energia elétrica por mais de uma hora. A queda de energia causou diversos transtornos, já que ocorreu no momento em que muitas pessoas retornavam para casa do trabalho e no Centro. Os sinais de trânsito pararam de funcionar. De acordo com a concessionária Ampla, o problema foi causado por uma falha na subestação de Magé.
Rogério Tosta / Tribuna

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