quarta-feira, 27 de novembro de 2013

UPA sem pediatra mais uma vez

Pacientes que procuraram as UPAs do Centro e de Cascatinha ontem enfrentaram dificuldades para encontrar atendimento pediátrico. Uma delas chegou a ficar mais de 2 horas na UPA do Centro, esperando para conseguir uma  medicação que havia sido prescrita por uma médica da unidade de Cascatinha, na semana passada. Em outro caso, a paciente se deslocou de Araras e não conseguiu atendimento para a filha de nove anos, que estava com crise de asma, em nenhuma das unidades de Pronto Atendimento.
Maria Aparecida Furtado da Silva, de 50 anos, mora no Quissamã e teve que levar a neta de dez meses para a UPA por conta de uma pneumonia. Ela contou que na primeira consulta, na UPA de Cascatinha, no dia 19, a médica pediu que ela fosse durante 8 dias no mesmo horário, para que a neta tomasse a medicação (Despacilina), mas contou que já no 3º dia começou a enfrentar dificuldades. “Quando chegamos na unidade, disseram que tinha a pediatra, mas não tinha a medicação. Tive que procurar a assistente social para resolver o problema. Primeiro ela me informou que era um problema da família, mas depois afirmou que havia conversado com o farmacêutico e tinha separado todas as doses para a minha neta. No dia seguinte (22), me informaram que não tinha pediatra e, portanto, não poderiam aplicar a medicação. Tivemos que sair de Cascatinha para que a injeção fosse aplicada no Centro”, relatou. 
Ontem, ela comentou que ligou primeiro para a UPA de Cascatinha, quando foi informada que não tinha pediatra nem medicação. “Então tive que me deslocar pela segunda vez para a unidade do Centro, onde esperei mais de 2 horas até que a minha neta fosse atendida. Ela tinha que tomar o medicamento às 10h15 e só aplicaram a injeção quase 13h. Antibiótico tem que tomar na hora certa para fazer efeito. Fico preocupada porque sabemos que pneumonia é grave e pode levar à morte. Ainda tivemos que sair do Quissamã com ela, com essa chuva. Esta situação é um descaso com a população que depende do serviço público de saúde”, lamentou. 
Cláudia Maria Vieira mora em Araras e precisava de atendimento com a pediatra para a filha de 9 anos, que tem asma e bronquite. Na UPA de Cascatinha, ela foi informada de que não havia pediatra. No Centro, disseram que o horário de 8h era o de troca de plantão, portanto ainda não tinha médico da área prestando atendimento. “Tive que entrar em contato com a pediatra que atende no Posto de Saúde em Araras que, geralmente,  só atende crianças de até 2 anos, expliquei a situação e ela pediu que eu a levasse para examiná-la. Ou seja, percorri a cidade com minha filha tendo crise de asma e não consegui que ela fosse atendida nas unidades de pronto atendimento”, criticou.
Questionada, a Secretaria de Saúde afirmou que na UPA do Centro havia pediatra. Sobre a demora no atendimento da criança de 10 meses e a falta do especialista na UPA de Cascatinha, a secretaria não se pronunciou até o fechamento desta edição. 

Fonte: Tribuna de Petrópolis

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