quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Mais uma construção invade o Paquequer

 

Grandes totens de cimento já estão de pé e impressionam quem passa pelo trecho
Grandes totens de cimento já estão
 de pé e impressionam quem passa pelo trecho
A denúncia de um morador do bairro da Beira-Linha chama a atenção para um possível crime ambiental: Na Rua Armando Farjado, esquina com a Avenida Feliciano Sodré, entrada da Cascata Guarani, mais uma construção é levantada. Não seria nada demais não fosse o fato de que a edificação está sendo construída praticamente dentro do Paquequer – indo inclusive na contramão do trabalho realizado pelo INEA (Instituto do Estadual do Ambiente) em bairros com Posse e Campo Grande, onde casas nas margens de rios estão sendo demolidas. A situação chama a atenção pelo simples fato da liberação da obra neste contexto, visto que a legislação pede que haja um espaço mínimo de recuo das margens do curso d’água e que, como citado, em outros bairros tal prática vem sendo fortemente combatida.
De acordo com a denúncia de um morador, que vivia na localidade de Campo Grande e teve sua casa demolida justamente por estar perto do rio, atenta para falta de coerência do fato de uma construção estar sendo erguida em pleno Centro nas mesmas circunstâncias daquelas que são combatidas pelo INEA desde a tragédia de janeiro de 2011.
Diferente do que pode ser visto nos prédios do entorno, a construção está sendo feita sem nenhum tipo de recuo, literalmente dentro do rio. Em cima de um muro de pedras que já existia no trecho, foi feita uma extensão com blocos de concreto para cercar o terreno.


Código Florestal


Grandes totens de cimento já estão de pé e aparentam ser as colunas da construção. O fato chama atenção para dois fatos: O primeiro é que este tamanho de colunas deverá sustentar uma construção grande. Segundo, como realizar um projeto de grandes proporções em um terreno pequeno para este fim. Em fotos panorâmicas é possível ver que parte do telhado ou laje do empreendimento já está pronto.
Outro fato “interessante”, é que a obra está sendo feita muito próximo da ponte e da passarela construída há pouco tempo para facilitar o acesso dos pedestres.
De acordo com o Código Florestal, em nenhum momento as construções às margens do Paquequer no centro poderiam ter sido realizadas. Com a legislação criada em 1965 rios com a calha (largura) entre 10 e 50 metros, deve ser respeitado um recuo de 50 metros. O novo texto, divulgado e debatido amplamente no último ano, mantém a determinação.
Já o INEA tem políticas próprias para desocupação baseado em quesitos específicos para cada região que é analisada por topografia e risco de alagamentos. E determina os recuos necessários com base nesses critérios. 



Fonte:Joanna Medeiros/ O diario

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