segunda-feira, 1 de julho de 2013

Vendedor de carros assassinado e jogado na Serra

O acusado foi apresentado no plantão da 66ª DP, que cobre a área onde o corpo de Fabiano foi achado

- Homem estava desaparecido desde a tarde de quinta e PM chegou ao seu corpo depois que carro “vendido” foi encontrado


O corpo do vendedor de carros Fabiano de Jesus, de 37 anos, foi encontrado na manhã desta sexta-feira, 28, no km 92 da Rio-Teresópolis. O homem havia desaparecido após sair para fazer a negociação de um veículo por volta das 16h desta quinta. A família procurou por informações sobre o paradeiro do vendedor e acabou chegando ao local onde o carro estava, por consequência, chegando ao “suposto” comprador. Ao vistoriar o veículo, os familiares viram marcas de sangue na mala. A Polícia Militar foi acionada e o suposto comprador do carro foi levado para a 110ª DP. Lá ele teria confessado o homicídio.
Fabiano era vendedor de carros no Centro estava desaparecido desde a tarde desta quinta. Depois de muito procurar pelo rapaz a família conseguiu encontrar o carro que ele estava negociando quando desapareceu. O veículo estava estacionado na Rua General José Ribeiro, no Vale do Paraíso, onde ficava a antiga entrada do Pronto Socorro do Hospital das Clínicas. A partir daí, os familiares encontraram também o suposto comprador, que inclusive estava com os documentos do veículo.

Fabiano de Jesus, de 37 anos, era um vendedor de carros bastante conhecido em nossa cidade

O carro negociado

Uma irmã de Fabiano contou como os familiares conseguiram chegar ao Polo cinza que estava sendo negociado por R$ 24 mil. Quando a entrevista foi concedida ao repórter José Carlos “Cacau”, ainda não havia a confirmação da morte. “Um conhecido deu a informação para os pais dele de que o carro estaria neste local. Fomos na casa da mãe dele e depois viemos ao local indicado. Foi quando encontramos o carro. De acordo com esse rapaz o carro agora é dele, porque ele diz que comprou. Meu irmão está desaparecido desde quinta de tarde. Não dormimos a noite toda, meu filho e meu outro irmão foram na serra de Petrópolis procurar por ele e não acharam. Rodamos toda a cidade na busca por ele e não achamos”, disse.
Os próprios familiares fizeram buscas por Fabiano: “Quando foi por volta de umas 19h30 mandaram uma mensagem para a filha do meu irmão dizendo: ‘Vendi o carro e estou indo embora. Me apaixonei por uma mulher. Me desculpe. Depois volto para conversar com você’. Ligamos muito para o telefone dele, mas ele não atende. A gente esteve na oficina onde meu irmão foi com esse rapaz para verificar se o carro estava em boas condições, e o mecânico deu o endereço da mãe do rapaz que disse que comprou o carro, ela mora na Quinta-Lebrão a gente foi até lá, mas ela não estava lá. Soubemos ainda que ele trabalhava aqui nas Clínicas e viemos aqui, onde achamos o carro. Meu filho foi ao Hospital e chamou ele, e disse que o documento estava dentro do carro e logo depois caiu em contradição, disse que o documento estava na mochila dele e que ia buscar o documento, tudo assinado pelo meu irmão. Eles podem até ter obrigado meu irmão a assinar esse documento e levaram meu irmão não sei para onde, pois até agora não sabemos onde ele está”.


O carro negociado por Fabiano foi periciado por ter marcas de sangue

Funcionário do HCT

Durante a conversa com o suposto comprador do carro, Tiago Vieira do Canto, 26, que é funcionário do Hospital das Clínicas, os familiares teriam percebido algumas contradições na história e resolveram olhar dentro do carro. Foi quando acharam marcas de sangue no veículo. O acusado teria dito que era sangue de um animal, mas mesmo assim Policiais Militares da PATAMO foram acionados e o comprador encaminhado ao Plantão da 110ª DP para dar esclarecimentos.
“A gente chegou aqui e começamos a perguntar as coisas para ele, no começo o que ele disse estava sendo coerente, estava calmo, tranquilo… Dizendo que comprou o carro. Só que na hora que a gente abriu a mala a gente viu o sangue. Ele disse que o sangue era de galinha, porque ele mora em um sítio no Alto. O sobrinho da vítima viu manchas de sangue na calça dele e ele disse que era de galinha. Foi quando a gente resolveu abrir a mala tinha várias manchas de sangue”, disse outro parente.
Já na delegacia o acusado teria dito aos policiais Sargento Alexandre, Cabo Machado e soldados Bernardino e Ferraz, que teria matado Fabiano e jogado seu corpo na beira da estrada Rio-Teresópolis, pouco depois da Santinha. Os militares foram ao local e finalmente acharam o cadáver de Fabiano em uma vala ao lado da estrada. O corpo de Fabiano foi encontrado apresentando marcas de brutalidade.
Foi encontrado ainda um caderno com um texto escrito à mão, o mesmo enviado via torpedo de celular à filha da vítima, dizendo: “Amor consegui vender o carro. Eu queria te dizer uma coisa, eu acabei me envolvendo com outra pessoa. Vou embora com ela. Me desculpe por tudo. Depois te explico melhor”.
O corpo foi removido e encaminhado para a cidade de Guapimirim, já que o corpo foi encontrado na área de atuação do 34º BPM, de Magé, que atende também a cidade de Guapi. A ocorrência foi registrada na 66ª DP, Central de Flagrantes. O Polo também foi removido ao pátio da unidade e passou por perícia. Ainda há muito a ser esclarecido sobre o caso: Qual seria o motivo da morte e se há mais pessoas envolvidas no fato.

Fonte:Jose Carlos Cacau / o Diario

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